Já passou algum tempo desde a última vez que escrevi no blog. Primeiro foi porque a minha dona andava muito ocupada e não tinha muito tempo para me ajudar a actualiza-lo . Nessa altura limitei-me a ir visitando os vossos.
Contudo, algo menos bom aconteceu. Fiquei doente. A situação foi muito grave, implicou diarreia de sangue e vómitos, e fiz algumas visitas aos Srs. veterinários. A última, na quarta-feira passada, a minha dona percebeu que eu estava pior e levou-me logo. Cheguei ao consultório quase a entrar em coma, com o pulso muito fraco. O veterinário avisou a minha dona que havia muito pouco a fazer. Fiquei lá internado e o Dr. disse que se o meu estado piorasse ou algo ainda pior se confirmasse que lhe iria ligar imediatamente.
Banhada em lágrimas regressou para casa e não largou o telemóvel o dia todo. O veterinário não ligou e a esperança começou de novo a brilhar (com muito medo à mistura de ter que tomar uma decisão ainda mais difícil...).
Como combinado, na quinta-feira à tarde ela voltou à clínica e soube logo que eu estava mais animado. Quando me foi ver levantei-me logo e, feliz, comecei a abanar o rabo e cheirar-lhe as mãos. Nessa altura a minha dona chorou, mas foi de alegria. Eu sobrevivi.
O veterinário aconselhou a que eu passasse mais um dia na clínica, pois ainda não conseguia comer. Assim foi. Só ontem à tarde (sexta-feira) é que tive alta e vim para casa.
Mas o que eu tive foi muito grave e a recuperação não está a ser fácil. Ainda não estou livre de perigo. Já não tenho diarreia nem vómitos mas, a minha dona desespera porque eu não quero comer. Estou abatido e depois de tudo outra coisa não se podia esperar. Agora fico deitadinho ao pé da minha dona. Ela tenta dar-me comida que eu não quero mas, sempre me vai convencendo a beber aguinha e já me deu umas vitaminas.
Pelo que a minha dona percebeu, poucos cães sobrevivem ao que eu tive.
Agora vamos esperar e torcer para que o meu futuro seja feliz, para as minhas donas e, principalmente, para mim!